A história de uma Consagrada – Como ser amiga dos pobres?

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Artigo Vocacional 005
 
No começo de sua história vocacional Irmã Kolbe Ayako Tanaka, com dezessete anos começou a brotar no coração o chamado a Vida Religiosa. Ela pensava que não queria só cuidar de poucas pessoas formando uma família, mas sim de poder ajudar mais pessoas. As irmãs da nossa Congregação convidaram a irmã para estudar em nossa escola, e começaram a encoraja-la a ser irmã. Sua mãe pensava que se ela fosse para o convento não veria mais a sua filha, imaginava que todos os conventos fossem como Carmelo. Seu pai era médico e aceitava os pagamentos com a condição de cada um, quem podia pagava com frutas e outros tipos também. Depois da irmã já estar no convento ele não queria que ela saísse do Japão. Quando ela veio ao Brasil sua irmã disse que cuidaria dos pais, assim ela ficou tranquila para cumprir a sua missão. 
 
Antes de sua partida ao Brasil a irmã trabalhou em uma de nossas casas de repouso que atendiam pessoas que tinham sidos atingidos pela Bomba Atômica e seus familiares. Esta casa foi fundada logo depois da explosão pela nossa co-fundadora, porque ela queria cuidar das pessoas que sobreviveram em memória das meninas que estudavam na nossa escola e que foram atingidas e vieram a falecer. Depois a irmã mudou de comunidade e começou a estudar enfermagem. 
 
A irmã contou como foi os preparativos para a vinda ao Brasil. A superiora tinha pedido que seis irmãs viessem para cá, que duas teriam que ser enfermeiras, duas professoras e as outras duas de outras profissões. Tinha três exigências para aquelas que viriam: a primeira foi a FIDELIDADE, segunda MORAR EM COMUNIDADE e a última de SER AMIGA DOS POBRES. A irmã disse que nem passava pela sua cabeça vir para o Brasil, mas que ficou pensando como ser amiga dos pobres? (Ficou com esse pensamento em seu coração por muito tempo). 
 
Quem quisesse vir em missão para o Brasil teria que escrever uma carta pedindo. Ela ouviu uma irmã falando que se tivesse que vir em missão não iria permanecer na Congregação. Com o coração aberto aceitou a missão e nossa primeira superiora e co-fundadora ajudou a irmã dando a ela dicionário para aprender o português sendo que tinham apenas duas semanas e a primeira superiora até falou que ela mesma gostaria de vir mais já debilitada pensou que só iria incomodar. Chegando no Brasil as seis irmãs foram para o Norte do Paraná, onde três foram trabalhar numa creche e outras três com os hansenianos, onde ela ficou dez anos, fazendo algo com que muitos não tinham coragem. Assim a irmã entendeu o que é ser amiga dos pobres e ver Cristo no rosto de cada doente e todos aos quais atendia. A irmã também foi formadora durante dezoito anos. Com muita coragem foi em busca de iniciar mais um trabalho, tendo o terreno preparado no bairro Pilarzinho foi ver com o prefeito o que era necessário para melhor ajudar na cidade, então já tendo bastante escolas, falou que seria melhor algo para os idosos, assim ela trabalhou no nosso centro dia para idosos onze anos. 
 
Sempre que a irmã passava por momentos de dificuldade ela se voltava para a Bíblia e buscava passagens  que lha davam forças. A palavra que ela se apegou foi: “Não tenhas medo, eu estou contigo.”. Assim como na Anunciação que o anjo disse a Maria para ela não temer. Também um padre em sua ligação telefônica falou sobre o lírio do campo, que mesmo nascendo nas pedras, com dificuldade ele floresce, assim somos nós em meio as dificuldades também podemos florescer. Nossa co-fundadora também falava: aonde estivermos devemos florescer. 
 
Ir. Kolbe obrigada pela sua coragem de vir ao Brasil e de continuar sempre ajudando os pobres, com amor e ensinando para as mais novas a como fazê-lo com amor e dedicação a vontade de Deus.  A irmã ainda leva o seu sorriso pelas ruas de nossa cidade, ajudando os pobres, ouvindo as suas necessidades, não fica parada está sempre pronta para servir.  
 
 Noviça Ir.Kimberly das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

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